sexta-feira, maio 05, 2017
Poliamor : A liberdade de amar
Em tempos onde se reclama da falta de amor, da casualidade
dos encontros, do sexo sem compromisso, acreditem, tem gente que “ama muuuito”.
O poliamor é apresentado como uma alternativa crítica à
monogamia, é a prática de manter mais de um relacionamento estável, simultâneo
e consentido por todas as partes envolvidas, sendo possível apaixonar-se, amar
e relacionar-se sexualmente e afetivamente em todos eles. Ao contrário do que
muitos pensam, poliamor não significa um relacionamento aberto, uma suruba,
desrespeito ou pegação geral. A sua base ideológica é o respeito, a liberdade,
a igualdade e o amor.
Existem basicamente três tipos de arranjos poliamoristas: a
“relação em grupo”, quando todos os membros do arranjo têm relações amorosas
entre si; a “rede de relacionamentos interconectados”, quando cada membro tem
relacionamentos poliamoristas distintos daqueles dos parceiros; e a “relação
mono/poli”, quando, em um casal, um dos parceiros é poliamorista e o outro, por
opção, não é. Os modelos se dividem em “aberto” e “fechado”. No primeiro caso,
está colocada a possibilidade de novos amores e, no segundo, é praticada a
“polifidelidade”, restringindo as experiências amorosas àquelas já existentes.
Os poliamoristas, simplesmente não acreditam na monogamia,
dizem que as relações monogâmicas são como prisões, onde as pessoas não são
sinceras. Afirmam ainda que não é possível viver uma vida inteira com uma
única/mesma pessoa, que é óbvio que haverá momentos em que o desejo e o
interesse por outras pessoas serão despertados e que seria injusto e enganoso
não dividir isso com o outro. A liberdade e o respeito estão aí, no fato de
você poder ser honesto com o seu parceiro, envolver-se emocionalmente e
sexualmente com outras pessoas sem precisar esconder.
É importante entender isso, sendo bem específica: João pode
amar Maria e Pedro de forma igual, namorar os dois, sair pra jantar hoje com
Maria e ir amanhã ao cinema com Pedro. Todos sabem, todos consentem, eles
também podem manter outros relacionamentos, sendo eles heterossexuais ou não.
Muitos afirmam que não são bem vistos que sofrem
preconceito, que não conseguem ser compreendidos. O fundamental é a pessoa
apesar das influências externas, conseguir lidar com as suas escolhas, com seu
estilo e forma de amor, seja ele qual for. Ninguém estará livre de julgamentos
em qualquer relação que seja. O importante é estar em paz e feliz consigo mesmo
Texto de Duda Lopes do Site Cuca Amorin
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