Era noite e todos os estudantes estavam se despedindo do seu aprendizado. Andréia nesse momento seguia o caminho de casa, ainda teria de andar uns dez minutos até encontrar sua moradia, e vinha ela pelas vielas más iluminadas do pequeno bairro, poucas casas ao seu lado e pode ver o descaso da prefeitura, que deixa as ruas serem tomadas pelo matagal crescente. Naquela via escura e comprida ouve-se o barulho de um motor nesse momento Andréia olha para trás e vê a moto com dois caras que passam e param a alguns metros a frente, ela pensa em fingir esta chegando a sua casa, mas naquele momento as poucas casas já haviam passado. Andréia escuta os dois homens conversarem sobre estarem na rua errada e pensa no pior.
Ela tentou fazer uma ligação, mas não conseguiu e ao se aproximar mais do lugar onde estavam os rapazes um deles desce da moto e pede o celular que ela tem em mãos, o gesto que o rapaz fez com a mão dentro da blusa fingindo ser uma arma à revolta e de maneira súbita ela diz “NÃO” o rapaz tenta puxar o celular de sua mão e ela não entrega e nisto ficam alguns minutos até ela enfiar as unhas em sua garganta, o ladrão estava de capacete e esta foi a única reação que teve. Nesse momento o meliante começa estapeá-la com toda a força chamando-a de vagabunda, o rosto de Andréia fica vermelho de tanto apanhar, então diz a ele: - “VAGABUNDA? SE NÃO ME SOLTAR VOU GRITAR”, o outro rapaz na moto não levanta e nem vem ajudar o comparsa simplesmente fica olhando, ainda bem, pois Andréia corria o risco de ser espancada e estuprada ali perto de casa, e ninguém poderia ajudá-la.
Ao dizer que gritaria o ladrão intensificou os bofetões, então Andréia começa a gritar por “SOCORRO, SOCORRO, SOCORRO...” os meliantes vendo que havia uma casa alguns metros a frente e que com certeza alguém poderia tê-la escutado deixam Andréia, ela anda em direção a moradia a frente, de dentro saem algumas pessoas perguntando-lhe se estava bem e o que acontecerá, nesse momento ela começa a chorar e explica que tentaram assaltá-la, perguntam se lhe roubaram a bolsa, Andréia diz que não que queriam seu celular, mas que não o entregou, ela pede desculpa por estar chorando de nervoso, os moradores se oferecem para deixá-la em casa, mas Andréia que mora somente a algumas ruas diz que pode ir sozinha.
Ao chegar em casa conta a sua mãe e irmã o acontecido que ficam pasmas ao saber que havia contrariado o ladrão, enfim, Andréia está bem apesar do acontecido, o melhor de tudo é que Andréia está viva, sempre que passar por aquela rua se lembrará do ocorrido, a rua em que o pior poderia ter acontecido...
CRYS LIRA - VIVENDO...
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