quinta-feira, março 24, 2016

Sou quem eu quero ser, sou assim perfeita nas minhas imperfeições...


Muitas coisas são subjetivas. O que é amor para mim para você não é. A situação onde o perdão pode existir é uma para mim e para muitos é outra, enfim, cada um tem sua opinião e todos nós sabemos disso...

Paro para pensar em como somos definidos pelos outros por simples e qualquer gesto, pelo subjetivo, e como definimos os outros desta mesma forma. Aprendi muitas coisas na minha vida e uma delas é que eu não posso julgar ninguém por um momento, uma única coisa feita, até porque sei que eu não posso me definir por uma maneira de me comportar em certos ambientes, pois posso mudar completamente em outro e isso é certo, verdadeiro e comum, isso é ser humano. 

Sou feita de sedimentações... Sempre estou nesse processo. Ninguém deve me julgar como vagabunda, indecente, piranha e outros por gostar de dançar e rebolar até o chão. Nem por isso vou gostar que alguém passe a mão em mim seja lascivo comigo ou se for algum amigo ou amiga eu irei deixar e entrar na onda porque sei que não passa de uma brincadeira e que estarei ali me divertindo, sendo intensa e verdadeira, sem me preocupar com a opinião dos outros. A única opinião que me importa é a da minha mãe e ela me conhece, ela já me viu dançando eu danço pra ela de todas as formas ridículas, lascivas e loucas possíveis. E se alguém alguém fosse chegar nela e falar: "vi sua filha dançando que nem uma puta!" Claro, ela iria ficar brava comigo, mas iria lembrar que esse é o meu jeito. 

Eu resolve por livre e espontânea vontade ajudar no coral da igreja do meu bairro, pois achava que eu estava precisando equilibrar meu lado espiritual e que isso me ajudaria. Eu iria ajudar e ser ajudada, acredito em Deus e essa é uma forma de agradecer por tudo que tenho. Eu acredito na minha religião, apesar de não concordar mais com certas coisas dentro dela. Mesmo assim não deixo de acreditar em Deus e ser grata a ele. "Cantar"- eu tento-  na igreja me ajuda a manter espiritualmente conectada com o divino e um momento que eu tiro para isso. Queria equilibrar, profissional, espiritual

Não é porque eu vou a igreja e auxílio no canto que seria falsa se fosse a uma festa. Eu gosto de festar, gosto de dançar e eu bebo sim. Quantos fazem isso? Eu não sou santa. Muitos dentro das religiões têm suas vidas normais fora da igreja. Há aqueles que seguem a risca os preceitos da sua igreja e preferem não vivenciar nada mundano, eu já fui assim não critico quem seja, acho até muito bonito. Quando eu era 100% seguidora, o que nós aprendíamos era não sermos "Raimundos", um pé na igreja e outro no mundo, criamos certas cisma com quem é, e dizemos que isto está completamente errado!

Porém ninguém está na vida do outro para saber o que acontece, ninguém é obrigado a ser como nós e não devemos julgar a ninguém. Todos sabemos que não devemos julgar, mas quantas vezes julgamos alguém por ir a igreja e beber cerveja? ou fumar? ou dançar? ou seja lá o que for? Nós aprendemos a julgar os outros e isso é o grande mal. Devemos respeitar a liberdade do outro de ser quem ele quer ser. Se acreditamos em Deus e em Jesus como acreditam as religiões cristãs, devemos saber que o AMOR é o maior de todos os dons e o grande mandamento é "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" ponto final. 

Eu sou do tipo de pessoa que chora quando está afim de chorar ou quando não aguenta a dor, a decepção ou a raiva. Eu sou definida como louca pela maioria dos meus amigos, marido e familiares e eu não ligo! Quem é normal? Dizem que sou inteligente também e divertida. Eu sei me comportar nos lugares, quando não quero me comportar simplesmente não me comporto. Sou quem eu sou e do jeito que eu quero ser e há muitos anos cansei de ligar para a opinião dos outros. Se eu continuasse a ligar para a opinião de tanta gente eu não viveria a minha vida e sim a deles. Viveria o que eles querem que eu viva e não seria eu!

Eu tenho acessos de raiva e já fui bem agressiva porque a paciência sempre me faltou, minha irmã que o diga, mas eu sei me controlar e quando comecei a estagiar no meu curso de pedagogia vi que eu era muito, muito, mas muito mais paciente do que supunha minha vã filosofia!!! E descobri que eu sou uma boa professora. Eu gosto muito de atender as pessoas, ajudá-las em alguma dúvida, necessidade e de ser atenciosa. Mas posso não ser tudo isso sempre porque a vida é feita de momentos e nem em todos os momentos serei assim, quando alguma coisa ruim me afeta é difícil racionar. Eu reajo de acordo com o ambiente que estou inserida, sou humana!

Se juntarem em uma sala as pessoas que me conhecem eu não sei o que elas achariam de mim, não sei se haveria um consenso... será que eu sou a mesma sempre? Eu não acho. Eu sou espontânea e alegre e muitas pessoas já me olharam com cara de: "Nossa que menina falsa! Forçada!" é horrível isso, eu descobri que as pessoas não gostam de gente feliz e simpática e que isso é tão raro hoje em dia que é chamado falsidade...

Eu falo muita besteira sabe? Muitas são brincadeiras, muitas são verdades e muitas as duas coisas. Sou assim porque sou espontânea demais e em situações de nervosismo falo pelos cotovelos. Minha mãe esses dias disse que tenho a língua grande. Muitos tem diferentes opiniões sobre mim, mas o importante é  que todas as pessoas que eu demonstro ser sou eu 100% e eu sei que não sou falsa, sou diferentes pessoas dentro de um só ser humano.

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