quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Dicas da Semana - 29/01 a 04/02

Bem, nessas proximas semanas, vou recomendar filmes relacionado ao Oscar, infelizmente nenhum relacionado ao Oscar 2012, pois, muitos ainda nao vi! Vou falar sim de filmes que levaram algumas estatuetas ao longo dos anos.

Como são inúmeros filmes, vou focar em 4 categorias. São elas:
  • Filmes Nacionais (como indicado ou como vencedor) - semana 29/01 a 04/02
  • Filmes Vencedores na Categoria Melhor Atriz - semana 05/02 a 11/02
  • Filmes Vencedores na Categoria Melhor Ator - semana 12/02 a 18/02
  • Filmes Vencedores na Categoria Melhor Filme - semana 19/02 a 25/02
Também faria uma semana com os vencedores de melhor diretor, mas uma luxação no ombro me deixou uma semana no estaleiro...então fico devendo essa.
Lembrando que a cerimônia do Oscar, como já foi avisado no post anterior pela colega de blog Débora Brandão, ocorrerá no dia 26/02.

Filmes Nacionais - Parte 1

Bem, até a década de 80, apenas quatro filmes nacionais tiveram a honra de estar na cerimônia, sendo que apenas um desses era uma produção 100% nacional, dois em conjunto com outros países e um era britânico( neste caso o Brasil concorreu como melhor canção). Dos quatro filmes em questão, tive a oportunidade de ver apenas um, então só vou comentar dele.
A partir da década de 90, a visibilidade dos nossos filmes começou a melhorar, tanto que em pouco mais de 2 décadas, já participaram da estatueta 7, se contarmos a indicação de 2012, são 8, o dobro que conseguimos até a década de 80. A coisa melhorou!
Confira a Lista:
1944:
o Melhor Canção Original - Ary Barroso por "Rio de Janeiro" do filme Brazil (indicado)

1959:
o Melhor filme estrangeiro – Orfeu Negro (vencedor)
Obs.: Apesar de ter sido filmado no Brasil, contar com atores brasileiros e ser falado em português, o Oscar considerou ser esse um filme francês, por conta da nacionalidade de seu diretor, Marcel Camus.

1962:
o Melhor filme estrangeiro – O Pagador de Promessas (indicado)

1985:
o Melhor filme – O Beijo da Mulher-Aranha (indicado, co-produção americana)
o Melhor diretor – Hector Babenco por O Beijo da Mulher-Aranha (indicado, argentino)
o Melhor ator – William Hurt em O Beijo da Mulher-Aranha (vencedor, americano)
o Melhor roteiro adaptado – Leonard Schrader por O Beijo da Mulher-Aranha (indicado, americano)

1995:
o Melhor filme estrangeiro – O Quatrilho (indicado)

1997:
o Melhor filme estrangeiro – O Que É Isso, Companheiro? (indicado)

1998:
o Melhor filme estrangeiro – Central do Brasil (indicado)

o Melhor atriz – Fernanda Montenegro em Central do Brasil (indicada)

2001:
o Melhor curta-metragem – Paulo Machline por Uma História de Futebol (indicado)

2003:
o Melhor fotografia – César Charlone por Cidade de Deus (indicado,uruguaio radicado no Brasil)
o Melhor direção – Fernando Meirelles por Cidade de Deus (indicado)
o Melhor edição – Daniel Rezende por Cidade de Deus (indicado)
o Melhor roteiro adaptado – Bráulio Mantovani por Cidade de Deus (indicado)

2004:
o Melhor curta-metragem de animação – Carlos Saldanha por Gone Nutty (indicado)

2011:
o Melhor documentário - Lixo Extraordinário (indicado)

2012:
o Canção original - Real in Rio de Sérgio Mendes e Carlinhos Brown do filme Rio. (indicado)


Desses, escolhi falar de 5 deles: O Beijo da Mulher-Aranha; O Quatrilho; O Que É Isso, Companheiro?; Central do Brasil e Cidade de Deus.

O Beijo da Mulher-Aranha (1985)


Título original: (Kiss of the Spider-Woman)
Lançamento: 1985 (Brasil, EUA)
Direção: Hector Babenco
Atores: William Hurt, Raul Julia, Sônia Braga, José Lewgoy.
Duração: 120 min
Gênero: Drama

Sinopse:

Em uma prisão na América do Sul, dois prisioneiros dividem a mesma cela. Um é homossexual e está preso por comportamento imoral e o outro é um prisioneiro político. O primeiro, para fugir da triste realidade que o cerca, inventa filmes cheios de mistério e romance, mas o outro tenta se manter o mais politizado possível em relação ao momento que vive. Mas esta convivência faz com que os dois homens se compreendam e se respeitem.

Opnião:

Uma ótima produção do diretor argentino Babenco, e assistindo ao filme, você vê que Hurt fez por merecer a estatueta de melhor ator em 86, uma atuação brilhante ao lado do competente Raul Julia, que também também encarna muito bem sua personagem. Só quem não me parece tão a altura dos outros dois é Sônia Braga, me parece fora de sintonia, mas ainda assim ela não prejudica o andamento do filme. A cena da morte de Molina (Hurt) é muito bem feita e condiz com a sua atuação. Muitos atores nacionais fizeram papéis secundários ou pontas na produção como José Lewgoy, Milton Gonçalves, Nuno Leal Maia, Miguel Falabella, Miriam Pires, Denise Dummont, Fernando Torres, Herson Capri, entre outros.
Um filme que mesmo quem tem um nariz torcido ao nosso cinema (mesmo sendo em produção conjunta com os EUA), vai apreciar esse bom filme. Assistam, vale a pena!


Classificação: @@@@



O Quatrilho (1994)


Título original: (O Quatrilho)
Lançamento: 1994 (Brasil)
Direção: Fábio Barreto
Atores: Patrícia Pillar, Glória Pires, Alexandre Paternost, Bruno Campos.
Duração: 120 min
Gênero: Drama

Sinopse:

Rio Grande do Sul, 1910. Em uma comunidade rural composta por imigrantes italianos, dois casais muito amigos se unem para poder sobreviver e decidem morar na mesma casa. Mas o tempo faz com que a esposa (Patricia Pillar) de um (Alexandre Paternost) se interesse pelo marido (Bruno Campos) da outra (Glória Pires), sendo correspondida. Após algum tempo, os dois amantes decidem fugir e recomeçar outra vida, deixando para trás seus parceiros, que viverão uma experiência dramática e constrangedora, mas nem por isto desprovida de romance.

Opnião:

Pra quem não gosta de produções de época, podem até desprezar essa película, mas o fato é que, além de bem trabalhada e cuidadosa, este filme reergueu o cinema nacional da lama! Aqui, Glória Pires mais uma vez, mostra que é uma excelente atriz e faz com Patrícia Pillar as protagonistas ao lado de Paternorst e Campos, que são figuras pouco conhecidas entre a mídia, mas que desempenham muito bem seus papéis! Concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1995 merecidamente, pois repito, deu novo gás ao nosso esquecido cinema até então. Fábio Barreto comanda muito bem esse drama romântico e comovente. O estilo do filme é lento, e pra alguns chega a ser sonolento, mas pra quem gosta do gênero (como eu) é um prato cheio! Um filme bem sensível e gostoso de se assistir.


Classificação: @@@


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