segunda-feira, janeiro 16, 2012

Filme: Atraídos Pelo Crime




  • Categoria: Filmes

  • Gênero: Ação

  • País / Ano: EUA / 2009

  • Duração: 132 minutos

  • Direção: Antoine Fuqua

  • Elenco: Richard Gere, Ethan Hawke, Don Cheadle e Wesley Snipes

  • Estreou em 02/04/2010.


  • Ontem assisti a esse filme e posso dizer que não é muito interessante, talvez pelo roteiro ou pelas mesmices de filmes policiais, sem falar que Richard Gere como Eddie Dugan e Wesley Snipes com o personagem Caz são uma chatice, eles não mereciam tal roteiro, para mim, mesmo se eles se rasgassem pela personagem ainda assim as personagens não seriam interessantes. Quem segurou o filme foi Ethan Hawke como Sal. O diretor deve realmente ter quisto dar oportunidade a outros atores. O filme trás temas como: tráfico de drogas, ganância, racismo, poder, suicídio, pressão na carreira entre outros...

    E chega um momento que o filme se torna chato e enjoativo, pois as cenas são muito repetitivas, o elenco têm bons atores, mas realmente ficou a desejar, o desfecho do filme é decepcionante, assisti sempre na expectativa do filme melhorar “Agora vai ficar bom!” #iludida.

    Quem gosta de filmes policiais acaba se decepcionando, mas poderá prover suas próprias críticas. Assim como a crítica abaixo encontra qualidades que não achei tão interessantes assim como a trilha sonoro e a fotografia e também fala dos defeitos,...
       

    Atraídos pelo Crime
    “A frase que vai dar sentido a tudo é: “Não se trata do que é certo e errado, mas do que é mais certo e menos errado”. Nesta corda bamba de moral e ética (ou a falta deles) é que os personagens vão circular e interagir com bandidos e mocinhos. Aliás, quem é mocinho e bandido é outra questão interessante, visto que a fio da navalha (ou o cano do revólver) é um tanto quanto tênue para um lado ou outro. Dependendo da situação e do desenrolar dos fatos.

    Para entender melhor o contexto que a frase acima mencionada é incluída nessa história é interessante debruçar-se sobre o perfil psicológico de cada um dos personagens bem como sua correlação com a mesma. Todos os personagens possuem suas histórias paralelas e as razões para agirem desta ou daquela maneira (ora mocinho - representado pelo distintivo policial - ora bandido).


    Caz (Wesley Snipes) traficante recém-libertado é o ponto central deste quadrilátero vicioso por onde circulam os outros personagens. Ele é a pessoa a quem os demais estão imbuídos a prender e colocar ordem no bairro. Sua gangue é a veia aberta por onde esvai todo o sangue humano de inocentes e o grande responsável pelos viciados anônimos, cafetões inescrupulosos e demais habitantes do Brooklin dispostos (ou não) a serem atraídos para o crime.



    Tango (Don Cheadle) é um policial infiltrado na gangue de traficantes com todos os elementos humanos perniciosos contidos neste tipo de grupo social e liderados por Caz. Todavia, esta relação acabou infiltrando-se na sua personalidade e agora não consegue mais “situar-se” como indivíduo. Não sabe mais se é o mocinho ou o bandido. Sua relação com o líder da gangue deixou marcas profundas na sua psique e sua moral e ética já se encontram muito tênues, pra não dizer perigosa. Sua luta interna é cruel na medida em que tem o dever, como autoridade policial, de por fim a tal gangue, mas não consegue desvencilhar-se das amizades que surgiram nestes dois anos de convivência. Para manter-se na gangue sem levantar suspeitas praticou igualmente alguns crimes e precisa igualmente encontrar uma maneira de sair desta enrascada antes que seja tarde demais.

    Eddie Dungas (Richard Gere) é um “tira” que tem uma vida solitária que está a sete dias da tão aguardada aposentadoria. Sua única relação humana mais íntima restringe-se a uma prostituta. Por décadas foi policial de rua e por certo enfrentou muitas dificuldades, perigos e, mesmo com seu distintivo e autoridade, viu seu distrito ser tomado pela violência e caos. Agora sem falsas ilusões e descrente da autoridade policial vive indiferente a contar os minutos para deixar seu uniforme e levar sua vida medíocre. Seu ideal de policial foi perdendo-se com o passar dos anos dando lugar à indiferença. Vive entre o suicídio (que tentou por duas vezes) e a apatia. Apesar da sua indiferença (omissões no dever) e das relações tumultuosas com seu chefe e colegas, é uma pessoa íntegra que está perdida neste ambiente de caos e desordem.

    Sal (Ethan Hawke). Sem sombra de dúvida é o personagem mais interessante e o que vive no fio da navalha. Está num beco sem saída, literalmente. Tem uma penca de filhos; sua esposa sofre de asma e está grávida de gêmeos; sua casa está tomada pelo mofo e o salário não cobre todas as despesas. Tem desejos de comprar uma casa nova com quartos individuais para os filhos e uma piscina, mas a grana não é suficiente no fim do mês. Tem consciência da sua obrigação moral de ser o homem da lei e defender os interesses dos cidadãos, mas sabe que sua tarefa é inútil e o dinheiro que recolhe em suas investidas contra o tráfico acabam servindo para comprar “móveis de mogno” e em tapeçarias para os escritórios da chefia e da prefeitura. Assim, procura faturar o seu, também em propinas, pequenos desvios destes recursos do tráfico. Vive realmente uma situação limite entre a lei e o crime e sua última ação desesperada pode ser a última. Ethan Hawke tem uma interpretação digna, competente e impactante. Com certeza, um dos seus melhores desempenhos de interpretação.

    A trilha sonora é pulsante como o sangue que se esvai em profusão. As ruas noturnas do Brooklin e seus “inferninhos” (cabaré ou boates para os leitores mais novos) com seus neons em vermelho chegam a ser claustrofóbicas e torna esta produção um exemplar notável de um bom filme policial..”

    Se você gosta de filmes policiais talvez não goste deste, mas para que tenha certeza se é bom ou não você tem que assistir, não é verdade?
    Se você já assistiu ou quer deixar um comentário, fique a vontade!
    Besos,
    Crys ;)

    Um comentário:

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