domingo, janeiro 08, 2012

Luziânia mal divulgada

Moro bem antes dessa entrada da cidade.

Moro em Luziânia há 15 anos e existem várias coisas que me surpreendem negativamente nessa cidade e outras que são positivas, mesmo eu não achando tão positivas assim tem gente que acha o mááximo, super essencial. Uma das coisas que sofre muita carência nessa cidade é cultura, aqui tem não são divulgados grupos de teatro e as oficinas que “dizem“ acontecer aqui, não se ouve falar de participantes. Todo tipo de divulgação ligado à cultura é deficiente. E um lado positivo são as festas que movimentam a cidade, aumenta a renda de muitos trabalhadores e fazem o povo “desentocar” de suas casas. A única coisa que é divulgada nessa cidade SÃO AS FESTAS! E isso não é legal há muitas outras coisas a serem divulgadas, existem um sites desatualizado sobre a cidade e quando se precisa fazer uma pesquisa sobre a cidade, o que mais aparece são as mortes e as festas que aconteceram/cem por aqui.

Dentro da cidade existem tantos lugares importantes perdidos, como a delegacia que fica no centro, a Academia de Artes e Letras do Planalto que eu nem sabia que existia aqui, sei que tem muita coisa que ainda não conheço, mas um pouco de divulgação viria a calhar. “O povo não quer só comida o povo que comida, diversão e arte!”. Dizem que aqui tem também Faculdade Internacional de Teologia Rhema no Parque estela Dalva IX e uma Faculdade do Jardim do Ingá, a internet diz, mas eu nunca ouvi falar disso. E perdido pelo centro da cidade dentro de casas populares ficam vários órgãos importantes para a população, espero divulgar os locais de alguns deles aqui.

É necessário que se valorizem muitas coisas, o lazer, o esporte, a educação entre outros. Lazer não é só festas badaladas e poder desfrutar de uma boa praça, agora eu tenho que sair daqui da “zona rural” como já chamaram, ou melhor, da periferia para ir ao centro da cidade sentar em uma praça descente. Por que aqui não há praças, a família não pode se quiser, sair para conversar com os vizinhos depois de um longo dia de trabalho na pracinha da quadra, aproveitando para fazer uma caminhada simplesmente e brincar com os filhos no parquinho porque não há praças. Aqui no meu bairro tem um super lugar, que poderia se fazer uma praça linda, uma delegacia, um centro comunitário, mas apesar dos abaixo assinados do povo, nunca foi feito nada e já são quinze anos. Não podemos nos esquecer que para que isso ocorra, a cidade precisa também de uma boa infraestrutura.


Lazer é poder ir ao teatro assistir a uma peça e aqui há dois teatros, um caindo aos pedaços e outro que é usado para tudo menos para apresentar espetáculos teatrais. Lembro que quando participei de um grupo de teatro no centro de Luziânia, tivemos que ralar feio para melhor a aparência daquele antigo teatro caindo aos pedaços, tivemos pouquíssimo apoio ou quase nenhum, e os espetáculos que foram montados foram feitos na raça e na coragem. Aqueles que eram responsáveis pela movimentação da cultura no lugar, sinceramente não estavam muito preocupados com um grupo de adolescentes querendo levar a arte do teatro para o povo, estavam preocupados com a cultura da marmelada e outras que tem na cidade. E quando fomos pedir para apresentar um espetáculo no novo teatro, lindo, maravilhoso, um sonho para atores como nós que ficamos tempos jogados as traças dentro de um suposto “teatro” com a estrutura totalmente falha, disseram simplesmente: “O novo teatro só é para grupos de fora!”. Ponto final. Não há como grupos crescerem aqui, se continuar desse jeito.

Esporte não é só o time da cidade e pronto, poderia fazer campeonatos entre as escolas, incentivando a comunidade, movimentando a cidade de uma maneira positiva. E os outros esportes onde estão? O vôlei, o atletismo, o basquete, o handball... Já fui atrás mais ninguém me deu notícia, o esporte não é divulgado.

Espero no blog divulgar mais coisas sobre a minha cidade, coisas positivas e o que não está tão legal assim, não para desmoralizar a cidade, mas para que a cidade não se cegue aos problemas e tentem encontrar soluções. Tem muita coisa para falar e espero cumprir essa missão daqui pra frente.

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